Doi o tanto que tem que doer
e nada mais.
Escorre pelas mãos, inconsequente
até secar no chão.
Explode no corpo como um astro
prestes a se esvair.
Reconstrói-se como barro
nas mãos do ceramista.
Aperta no peito como um cilício
de espinhos intermináveis.
Atravessa a alma transversalmente
e alivia as feridas.
É amor que se vai, entre sinapses
que teima em se debater, catatônica.
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