As mãos ondulam.
As mãos esmurram
Pontas de facas.
Caem.
Onde o mar é iluso.
Esqueceste o sargaço
De antanho?
Esqueceste as luas
Das minhas unhas?
O pó da clausura
Dos teus lábios?
Aos quinze anos
Conheci um funileiro
Que soprava éolos.
Pairei pelo teu
Esquecimento:
Lembrança
Imagem bistre
Presa na filigrana
Do pensamento.
É isso que eu sou?
Vejo elefantes multífluos.
Vejo navios nos espaços.
Não
Não vejo a poesia.
Essa reentrância.
Sonho indoméstico.
Cadência.
(Marta Savana)
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