terça-feira, 25 de setembro de 2012

Meu povo, minha luta!



Solo seco da caatinga castigada, morre o gado a planta e a alegria,
Céu azul das manhãs iluminadas, no olho a gota que no céu não se anuncia,
Essa gota que emana pelos poros, que alivia a pele seca da agonia,
Esta gota em prantos rasos derramada, que a peleja dessa vida nele imprime,
É a gota da bendita esperança, que um dia há de cessar a tirania.

Como pode essa vida ser levada, resguardada com sorriso de alegria,
Se na alma nordestina tão cantada, vive a dor de tamanha agonia?
Quisera deus ter compaixão não destes filhos, há de haver quem dessa praga se enriquece,
Quem com ouro e prestigio se envaidece, se alimenta da injustiça e covardia.

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