sábado, 26 de janeiro de 2013

O condenado



Qual prometeu no topo de um rochedo
Acorrentado, abandonado à sorte
Eu também sinto o cheirinho da morte
E tenho medo. Tenho muito medo

Todas as noites o fartum azedo
Da incerteza abre novo corte
E sangro e sofro e tenho muito medo
Do abutre negro e da negra morte

Todas as noites de melancolia
Antes do sono rabisco um poema
Como quem reza uma ave-maria

É a minha vida!é o meu legado
Nas entrelinhas duma elegia
O epitáfio de um condenado...

Cicero Juão

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