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Vinde, Poeta necrotérico sob a influência
Misantropa, deletéria da vida e da morte
Na dicotomia das inorgâncias ciências
Da dor e dos abismos da alma cujo forte
Chamado a amiga antiga transmite fluências
As artes necromantes de Mefistófeles.
Oh, Poeta deserdado no Templo de Bacó,
Flor do vale da sombra na legião de Anjos Caídos.
Príncipe Maldito! Vá a câmara do Faraó
E suscite vossas palavras ao presente
Da angústia e da dor. Eis, tua face
Cujos vermes a, então, corroem em alusão
Às verdadeiras ilusões de um homem.
Vide, Poeta Misantropo das artes secretas,
As verdades íntimas do Dragão da Castidade
E o verme deletério e itinerário da Irmandade
Operando nas tarefas dos iconoclastas,
A ciência Negra como Érebo.
Vá, Poeta Maldito com suas pragas
Contaminando seus rios e tão mórbido
Veneno de que a alma se enche.
Vá, Cavaleiro da Meia-Noite sob os sóis dos herméticos
E com a euforia de Mil Serpentes.
E vá aos calabouços da alma revelar as sementes.
(Davys Sousa, Teresina, 2005)
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