quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Ser quem sou
E fui louva-a-deus grená
num tempo sem temporalidades e vultos
num reino absoluto
de solidariedade
E fui água do Ganges
fui lavadeira e tinteiro
fui harmonia por inteiro
num mundo de cordialidade
E fui selva, mandingueiro
forte, dos mais guerreiros
sabedoria e natureza
em tribo, circularidades
E fui filosofia
filosofando sobre magia
por que porquê na mente havia
e tantas singularidades
E fui trova e verso
versando o amor amoroso
enquanto os muros pomposos
se iludiam em iniquidades
E fui renascença
a sabença da negação
o clássico louvação
de transformidades
E fui fio de espada
de samurai vida
a honra erguida
na lâmina da verdade
E fui luz, iluminado
da razão que me cega
a toda subjetividade nega
as meias verdades
E fui, refeito, em leito de transmutações
eu hoje sou nem sei,
se sei, até quando seria
deixar de esperar pelo dia
por minhas revoluções
André Café
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