© Tim Noble & Sue Webster BRITISH WILDLIFE, 2000 88 taxidermy animals; 46 birds (35 varieties), 40 mammals (18 varieties), 2 fish, wood, polyester glass fibre filler, fake moss, wire, light projector |
Ser, sentir-se, percebecer-se, encontrar-se como poeta é relativamente doce e sofrido. Nada para falar sobre a suave arte de saborear palavras e o que essas palavras podem produzir para além da semântica, da morfologia, da sintaxe, da epizêuxis, do infinito. Tudo para sentir, por vezes de forma melancólica, do não se adaptar, do realmente ou abstratamente ver a realidade, as relações, os espaços simbólicos e não se adequar (lógico que aqui não é privilégio do poeta). O que roga por decepção ou fúria. Ser poeta, se ser poeta é ser, é extenso, é tenso. Para não falar de amar e de amor, que, nossa, maximiza todos os efeitos aqui ditos (e aqueles que não foram). Dói, dança com a morte, exalta o viver: ser poeta e viver, o ser, em sentidos 'miasmáticos.'
André Café
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