quinta-feira, 21 de março de 2013

O Silêncio da Tagarela


Tudo estava imóvel...
Um silêncio pairava.
Os inúmeros animais que ali estavam, no canto e no olhar expressavam a dor daquele momento.
No fosso da vasta gaiola, o corpo de “Loreca”.
Quantos foram os momentos de alegria!
Na garganta um nó.
No coração uma dor que dilacera...
“Loro, puro taco, kkkk, luta, nega preta, loreca...”
A minha tagarela se silenciou nesta manhã de março.
Lembro-me da sua chegada na minha casa.
Quanta alegria, quanta festa fazíamos.
Falávamos o dia todo e pouco a pouco ela entendia a minha língua.
Obrigado universo pela oportunidade de viver treze anos com uma criatura tão pura, tão divina.
Em lágrimas digo adeus.
A minha casa nunca mais será a mesma...
O silêncio rompeu com o alvorecer dos nossos diálogos.
Na memória as lembranças daqueles belos dias.
Tristemente tudo neste mundo se esvai...



Autor: Dhiogo José Caetano

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