quinta-feira, 21 de março de 2013
De profundi clamavi
Salvar os maus escritos da feroz ação do tempo.
Não há mais palavras onde a terra
não banhou-se de luminosidade e lágrimas...
Uma dor circunflexa
curva as horas
em derredor.
Não há silêncio
Ataviado
por falsas flores
caiadas por medo,
furor distinto,
gravidade maior.
Não há...
Alma perdida,
De profundis clamavi!
E a frase retumba e
se adensa.
O sol é parco,
O calor precário,
A noite imensa!
E não há tênues linhas nas congruências da dor.
A mão e a esferográfica e
o verso
prosseguem rumo à posteridade,
pútridos e pós-modernos.
Inefável Maldito
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