terça-feira, 17 de julho de 2012

Platônico amor Real



Eu preciso escrever algo, sim, algo profundo como aquela canção que escuto toda a
noite lembrando-me de você, do que ainda não conheço desses teus olhos cor do céu, dos teus lábios que toco num delírio, imaginando-os macios.
Mesmo que eu não te veja, não te toque, sei que estás comigo. Posso te sentir no brilho da lua, como uma estrela me guiando pela escuridão da noite, me conduzindo. Sinto sua presença me tocar, mesmo que na ausência.
Meu amor é só meu, a realidade não o suportaria, o limitaria. Por isso, te amo no silêncio, onde as palavras não o condenam a morrer em linhas. Onde existe o infinito das possibilidades e não as correntes das certezas, dos medos, e dos finais.
Quero me permitir viver meus sentimentos mudos, cegos e surdos. Quero dizer que te amo nos meus suspiros, te enxergar quando fecho os olhos, ouvir sua voz me chamando nas melodias das canções do vento, da chuva, sentir seu calor me envolver nos raios de sol.
Quero manter meu amor puro, imaculado por tudo que o contamine, o enfraqueça, o deturpe. Quero você sem intenções, nem pretensões. Quero amar livre, solto. No meu pra sempre, sem barreiras de tempo ou reciprocidade.
Meu sentimento me basta. Por isso te amo sozinha, calada. Dando asas à minha imaginação, alimentando minha alma com sonhos que talvez nunca se realizem, com desejos que talvez eu nunca sacie. Mas isso não importa, o que realmente importa é que eu te amo, de pensamento, sonho, coração e ilusão.

Hévllen Motta

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