quinta-feira, 26 de julho de 2012
Hoje acordei com saudades...
Eram tantas que não couberam apenas no peito,
Logo transbordaram e rolaram sutilmente por minha face...
Saudade da infância destemida,
Com a família na fazenda, onde passávamos o dia
A correr, a brincar, a cansar entre primos e primas, amigos e amigas
E, pessoalmente, não deixava escapar as correrias atrás das criações,
coisas de pirraça, coisas de artistas...
Saudade de quando íamos ao Rio Pindaré,
Invenções de meu pai,
Convidava uns amigos pescadores de fato,
E ficava só na espera, aguardando um pirãozinho e um bom caldo...
Panelas e isopor na cabeça,
Crianças mais medrosas pelos ombros, encarando a correnteza...
E eu...? no máximo segurava a mão de um tio e ia flutuando pelo rio...
Saudade desse pequeno gesto de liberdade...
Saudade de como momentos como estes,
Geralmente um dia, faziam minha vida uma completa alegria,
Saudade de como nestes momentos às vezes,
Olhava para o céu ou para o rio, ou mesmo a natureza ao nosso redor,
E imaginava: 'como será meu amanhã? Onde vou trabalhar? O que vou estudar?
O que vou ser quando crescer?'
E o que me levava a pensar sobre isso tudo,
era um simples fato de saber que, provavelmente,
aqueles ricos momentos estariam por um bom tempo, apenas em meu coração, apenas em minha mente...
Hoje sei que
Saudade(s) não mata(m)
Mas, que, deveras, deixa(m) profunda(s) marca(s)
Adália Tov
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