deprimido sim, por um simples fato
cambaleando, me sinto tonto
por pouco, com as mãos não me bato
a luz que me ilumina se apagou
o desespero, em meu coração mora
o que devo fazer, eu agora
com a desilusão de quem um dia amou
sinto tristeza, sim, mas alegro-me
pensando no que de bom pode vir
nas novas emoções que irei sentir
um sonho de quem eternamente dorme
como alcançar o máximo de si
neste mundo tão superficial que mo aflige
onde o que vale é somente a efígie
do nu, em posição assim...
que embaraço é este meu viver
a contemplar palavras vazias em seu interior
como é forte a minha dor
como é intenso o meu sofrer
na eterna luta entre o bem e o mal
eu sou como a espada e o escudo
que bate e apanha, fico surdo
do sangue, derramado feito sal
a tespestade que cai do céu
nada mais que lágrimas minhas que,
caem velozes e túrgidas como se
saíssem pelo amargor do fel
alivia minha’lma saber que a vida
é breve como um raio que cai
e que aos poucos se esvai
inda bem que não é mais comprida
sombria é a alma humana
que como um corpo
se alegra com as sensações mundanas
apodrecendo e ganhando mofo
empalidece a face com o que vê
alegria, quase não se tem
violência e sexo é o que convém
acorrentado frente à tevê
com algumas palavras expresso
um tanto do que vejo e do que sinto
indo de encontro ao labirinto
da minha condição que tanto desprezo.
(Alderon Marques)
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