quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que é de mim

Chega-te a mim em abundância
Não economize dor, desatino ou versos
Traga-me o vício da pele e o furor dos olhos
Deturpa-me o caminhar e a dança dos dias, serei bruxa e fada tua
Ensina-me a ranger os dentes
a perder os sapatos
E esquecer de por a roupa íntima
Deixe que meus fluidos sequem no teu corpo
Ria dos meus excessos
Esqueça de datas importantes e me dê flores em dias comuns
Não me peças que deixe o que passou
que ficou em mim, cativo
Por começo, tira-me de mim!

(Giselle de Morais)

3 comentários:

  1. adorei! bem intenso! bem alma de poeta!

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  2. Só saiu errado o "Traga-me", o "Deixe" e o "desatino". Mas tá massa! Valeu!
    Abraços Poéticos!
    (Gisele Morais)

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