sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Relatos de enfim calmaria



E acabam-se as fugas da solidão
no fundo do copo jaz a sobriedade
o plano de fundo, um samba contente
falando da vida, de felicidade


Na contramão, eu e outra dose
em disritmia, de fora da dança
na falta do colo, se serve da mesa
de outra cerveja, de desesperança


No misto do samba, de álcool e vazio
até o céu parece conspirar
e o de repente, se faz destino
e o desalinho parou de rodar


Estava desfeita a tormenta
que no meu peito, tu encravara
estava livre deste pesar
que outrora desesperara


Fez morada na lembrança
e apenas lá ficará
antes, tu era vício
de súplica, precipício
o triste derrotar


Segue sua vida sem mim
sem amargos ou maldades
fica bem e boa sorte
deixa que sigo meu norte
ao sabor das vontades


(André café, relatos de enfim calmaria)

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