quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Em meados de um mistério





Em meados de um mistério

Pelo o que me lembro
Foi em meados de dezembro
Que eu dei o meu decreto
Morte e vida de um amor
Que não poderia dar certo

No ano subsequente
Erguidos por dias tão plangentes
Em meados de setembro
Vejo a quão morta ainda
Anda a lembrança que eu não me lembro.

Em meados de dezembro
Pelo o que me lembro
Eu não esqueci nunca
Que o dia era tenro
E a noite um tenso mistério

Pelo o que me lembro
Hoje a história resiste
Tão esquecida e triste
Quanto à flor de um cemitério.





Vanessa Teodoro Trajano

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