segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Náiade (Conto Parte I )



Doce infância vivida ...
Tristes estradas construídas...
Começara uma vida de uma pequena estranha.Náiade saiu da barriga de sua mãe,já não era a filha desejada...Nada fisicamente,mas segundo quem passava por ela sentia uma energia sendo emanada do seu corpo. Já era muito estranha para o entendimento lógico das pessoas.
Enquanto todas as crianças teimavam em pertencer fantoches de seus pais, fingido uma felicidade ao brincar na rua, a denominada estranha ia se esconder de tudo que a deixava triste...Durante horas planejava o seu sarcófago,escrevia poesias desenfreadamente ate seus dedos ficarem dormentes...Ela tinha um canto especial no cemitério perto da sua casa,lá era um clube privado para ela e seus amigos...Amigos? Bichos,pessoas imagináveis,almas de mortos que ela sentia.Era uma habitante daquele local do que os próprios mortos que lá eram encontrados . Eles a deixava feliz ,eram de fatos os únicos que a entendiam com o seu jeito de ser,somente eles escutavam as insanidades e atentados que planejava em um plano sádico de acabar com a sua vida. Nos aniversários ou festa do tipo, era obrigada a ter que passar forjando sorrisos , seus pais a sufocava com tudo que podia fazer para que ela andasse normal...Ela estava no meio de tudo, percebia que atrapalhava o mundo, em prantos caia tentando sumir. Ela procurava refugio em um abrigo seguro diferente do caos que era considerado sua vida. Todos os dias caminhava para escola,tinha uma rotina aparentemente normal, sonhava com castelos,mais em ser bruxa do que a fada,pensara ela nessa forma que fadas são falsas bruxas fazem o que tem que fazer por necessidade e ambição de viver ou morrer,isso era uma idéia que arrancava no canto da sua boca um sorriso pacato.Ela precisava fazer pactos, ela necessitava de alianças, mas no mundo pelo qual pertencia não tinha ninguém de presença para encarar isso...Ela buscou diversos regozijos e os anos passaram, ela passou a seguir sua meta... Na busca de dragões e castelos encantados ela iria abraçar a cada luta, a cada historia desde que passasse pela sua frente.

Myrla Sales

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