sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O dia em que um homem quebrou seus ponteiros.
A mulher andava na linha
De tanto andar suicidou-se enforcada
Homicidou lembranças bonitas
Reencarnou com outra mágoa
O homem só acordava
De tanto acordar ficou cansado
Recordou os mesmos fatos
Porém viveu sempre calado
A mulher falava do tempo
Das coisas que estão por vir
Queria apego no cotidiano
Expôs rimas e cantos
O homem achava bonito
Mas já cansara de tanto pranto
O cotidiano o corrompeu
E via amor assim de canto
Muito lhe cabia sabedoria
Mas a flexibilidade não lhe favorecia
De olhar pra frente mais sem cuidado
De pegar a mão da menina e sorri de lado.
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