segunda-feira, 23 de janeiro de 2012



Quero distribuir amor.
Tenho o peito enorme e aberto.
Do tamanho do mundo, do tamanho que um amor pode ser
Ele pode ser grande. Eterno.
Pode ser fulgaz. Efêmero.
Meus amores são assim.
Rápidos e forte. Sedentos. Impensados.
INTENSOS.
Coração beija-flor. Liquificador. Vibrador. Triturador.
INQUIETO.
Coração escola de samba. Agitado. Rítmico. Cadente. Crescente.
Mas coração pode aquetar também... uma hora pode...
Quem sabe um dia acaba a pilha do coração-pandeiro.
Daí ele pode ficar quetinho. Cuíca sem fio. Ele faz isso de vez enquando.
Mas só de vez em quando.
Quando vê que não, ja esta esta enamorado do mundo de novo.
Num queta muito tempo esse coração não.
Ama desmensurado, de forma insana, louca, tão tamborin.
Vai acompanhando o ziriguidum da vida. Do momento.
Ama de todo jeito. Ame de todo jeito também.
Ame a pele. Ela que toca. Que esquenta. Que vibra junto.
Esqueçe os neurônios.
Deixe as sinapses dos corpos falarem.
Deixe-se amar. Deixa eu te amar.
Só de vez enquando. Num é pecado não.
Esse coração bobo um dia toma jeito.
Pra poder desandar depois mais uma vez.
Mas que medo as pessoas tem desse coração baticun.
Da medo até nele também, as vezes.
Coração ta procurando o que amar. O que fazer dançar.
Ta na concentração. Esperando a apoteose.
A nota final.
Acadêmicos do Coração Passista.
NOTA: DEZ!
Enquanto não sai o resultado, coração fica nos ensaios.
Nos esquentas.
Esse coração ta na espera.
Enquanto espera, coração vai cair na ruas.
Vai brincar de sambista por aí.
Pagodear pelas esquinas movimentadas.
Vai sambando esse coração-gafieira....
.... enquanto não chega sua de vez entrar na avenida...

(Dalila Cristina, 09/02/2012)

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