segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ave de fogo



Pássaro de luz, corta o céu em chamas
com tua cauda flamejante, amante de todas as profecias.
Desliza pelo vento, inflama-se no espaço,
Quebra a vida em pedaços, espalha-se pelo infinito.

Teu grito de liberdade vara, estridente,
O sol da meia-noite, o sal da madrugada,
Polvilha tua estrada de restos de estrelas,
Apaga todas as velas com teu sopro de combustão.

Pousa no celeiro da floresta, renitente,
Teu lugar é a imensidão, não a terra firme que te acaricia,
Que te prende com raízes, que valseia nos teus pés

Tuas asas se abrem, impacientes,
Ao primeiro sinal de manhã que se inicia,
Para afastar todo o mal, todo revés.

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