terça-feira, 11 de setembro de 2012

Das gotas que dançam: levem-me de leve


Para Nynna,

Eu, equidistante de resto do mundo
num salto profundo e sem direção
lancei a ponta da minha expressividade
ora suave, ora vinho tinto seco sereno
outrora grave, com rasgos e riscos rabiscados
Seja assim, amalgamado em torpor
seja assim, suspenso no ar
minha voz poética, junto com fantasias e vontades
caminhou por mil cidades
até que reverberou; primeiro como um pequeno lampejo fosco e sem força
para depois a queima-roupa, defenestrar toda e qualquer dúvida: tem alguém que curte estes tons

E permutadas vivências e palavras, o desejo já era do iminente abraço, do enlace de alegria e poesia;
era magia, quando te conheci; agora é verso, o sentimento existente

Agora, a história às vezes quer mudar caminhos ainda descaminhados; e tua voz cessou por um longo período de tempo. Se passaram dias, meses, não sei dizer; a espera e o não sinal já se faziam suficiência  em minha tristeza. Por onde ir? Pra onde começar a instigar porquês ou comos?

E mais uma vez um lampejo se fez, jogando em mim uma água gelada, num misto de alívio e sofreguidão,
pois ao menos minha mão queria ter ofertado, para ser nem que fosse placebo em horas de dores e tristezas

Aflito eu, aflita você, pendente a poesia . . .
Mas cá, falamos de encantos e boas vibes. Não podia simplesmente encerrar-se assim. E assim não é e nem será, pois a estrela mais uma vez irradiou-me com sua ternura e altivez. E mais uma vez, planos, planando ao encontro do brilho existente nesta estrela poética.
De braços abertos, espero e busco seu abraço

André Café

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