Qual o prêmio do teu talhe de sacrossantidade?
A tua divinização de profissão tão ordinária,
Tão cheia de sujo, de cuspo e de escarro,
Essa de fazer brotar a poesia?
O que te ganha, medalhas e bustos de ouro?
Precisa de reconhecimento, de toque de varinha de condão,
Ou basta um tapa amigo no ombro, um simples convite,
Um chegar e dizer: liberta que será poesia?
Os totens que sustentam a criação,
Deixam espaço pra toda forma de se apropriar,
Toda forma de ser, toda forma de sentir,
Vai negar o existir, quem quer se expressar? Falemos!
E não podia terminar sem dizer,
Poesia, rebedia e arte!
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