Partículas de cores acalentam
as águas doces do Poty
naquela noite onde vi
a Lua descendo pra se pentear
no reflexo do rio a se olhar
seu pente de areia do tempo
carregado no balanço do vento,
rasga a mortalha no ar.
Aquela lua de vel minguante
manda-me cartas pelo vento
me arrasta por pensamento
com passos de tendência flutuante.
Quando me perco distante
volto no rastro do cheiro dela
guiado pela lua amarela
minguante e passageira
deixando a noite inteira
para eu sonhar com ela
Aquela lua pequena
em sua natureza de minguar
tenta imitar o teu olhar
que bilha e rouba cena
e entre núvens se esconde
naquela imensidão onde
reflete tua beleza serena.
(MarcoFoyce)
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