segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Serafinou


Quem Serafinou minhas asas de saudade?
e desavisou minha essência zero grau
não foi sombra entorpecente
tampouco chuva de sapos de redemoinho

Quem Serafinou minha rasa fantasia?
em realidade não se via como tal
não foi lágrima efervescente
não mais o louvador divino

Quem Serafinou o que eu não queria?
apenas nasça outro dia
sem asas esverdeadas
para que o fim da jornada
passe, sem rastro de amor

André Café

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