Chego ao portão e já sinto teu cheiro - está por toda a casa, inebriante.
Entre um beijo e outro, o ouvido encostado no teu peito, sinto-o pulsar. O meu, tão forte, que a certa altura já não sei o que é meu, o que é teu, ou se é nosso.
Entre silêncios e piadas bobas, o abraço que poderia durar uma vida. Cada sinal, cada curva, cada pelo despontado da barba. Percorro minha mão no teu rosto, pedindo que fosse possível que o mundo se esquecesse de nós pela próxima semana. E poder aproveitar uma centena de minutos assim.
Amanhecer-te em mim.
(Mayara Valença)
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