segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Meio medo de coração


Nem mais no tanatório silêncio
me sirvo do solitário segredo
do meu enredo de solidão

A poesia me chama às beiras da madrugada
pra falar de passarada que há tempos não voam cá
ou passe o tempo ou passe o silvo

Não só o silêncio oratório,
me sirvo do escancarado vazio
do meio medo de coração

André Café

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