terça-feira, 10 de setembro de 2013
Olhos atentos
Seu corpo flertando meu corpo,
meu corpo exala, o mau te quer,
não é medo, é o gosto amargo do fácil,
onde muitos entram, eu nem quero estar.
Bombom babado, conteúdo sem sabor,
obeso ato desaba no horizonte daltônico,
tanto mel doeu a barriga do conquistador,
deitado na UTI em como, chora o que fez.
Voltar não pode, o passado já era,
corre o tigre com medo da tartaruga,
ar puro rejuvenesce o sujo javali,
fera feroz brinca de ruiva Cinderela.
Vento bateu e magoou a janela,
chuva caiu e matou vidas,
fogo queima o pulmão do mundo,
água lava o organismo do eu mendigo.
Gananciosa vontade viaja no trem bala,
sugadores pop nunca erram o alvo,
imbecis enchem de grana o empresário,
que ganhou e ta famoso nos jornais.
Seu corpo quer o meu,
meu corpo convida você para viver,
bem me quer você diz,
meu querer é do bem, digo para você.
GERALDO SADIL
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