segunda-feira, 9 de novembro de 2015
De madrugada, a gente questiona 6
Passo a passo caminhar;
neste rumos que torturam,
não é querer pesar por pesar,
mas melancólicos são os tracejos da vida
Curam-se as feridas,
quando não se sente mais dor alguma
fé? talvez um apego; mais um ou finalmente;
o lado do céu iluminado recai em ilusões
O tempo apregoa a disritmia,
cedo ou só, tarde quente, noite intrusa
a madrugada pede fala, os olhos querem silêncio:
o corpo cede, a sede obsessiva da mente
Risco; rasgando o sentido de sentir;
nos versos surgidos, a fome engana
se espalha, se esconde, parece alívio
dum ser 'secante', tangente ao desfibrilante
André Café
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