quarta-feira, 4 de julho de 2012

(H)era



Envolve no leito do teu abraço
Compasso geométrico de tuas medidas
Perdida nos verdes campos da floresta recém-criada
Floresce em todo canto, sereia da liturgia
Um dia que se aproxime, deixa as pétalas
Os rastros de uma estrada para a perdição.

me perco nesses caminhos que nem direção tem
as flores já mortas me indicam que já chegou ao fim
mas ela continua a me esperar
Perfumada de rosas, de incensos mentolados
Ecoa pela paisagem, leve e solta

o sol se vai e a tarde laranja reflete no brilho dos meus olhos
lembro-me daquelas poesias que fiz pra ti
num verde campo, na sombra das árvores ouviamos os pássaros
cantavam sem saber se o dia era claro, ou apenas renascia

e cada vez mais ardia em mim seu sorriso
quente como chá de gengibre, derretia minhas certezas
inebriava meus sentidos, ficava sem direção

E hoje tropeço na solidão que restou com sua partida,
um Whisky aqui e um cigarro ali abafa a dor
e as folhas quase se fecham esperando a primavera de novo
e que venha logo, pois inverno em minha vida nunca passa,
congelo seu sorriso em minha mente todas as noites

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