Salva-me da destreza e de olhos que saltam por cima de mim e tentam me tocar com os cílios.
Proteja-me dessas risadas infames na mesa do café.
...Esses movimentos de agonia que me incomodam; torturam-me; invadem-me feito fogo de floresta.
Deus, perdoe-me por não ter agradecido os deleixos passados e por não ter sido tão compreensiva com o banheiro molhado.
Ah, e eu era tão livre com meus afazeres.
Fazia o que bem entendia, na hora que eu queria.
Hoje não. Hoje, por não fazer, sofro à represália. Sofro com as unhas alheias que me tocam a carne.
Hoje vivo trancada em quatro paredes ainda menores.
Sem conversas
Sem risos à vontade
Sem a minha Cravo e Canela. E com um desgosto gigante.
Deus, sei que nunca oro e sei que nunca mais orarei, mas saibas que estou enlouquecendo e só estou aqui porque sei que não há nada a fazer.
...E também sei que essa oração será em vão...
Só peço mesmo por ter a certeza de que o senhor não me salvará de qualquer mísera faxina e muito menos de quaisquer breves sensações de uma pseudo-paz.
Só peço mesmo por ter a certeza de que o senhor não me salvará de qualquer mísera faxina e muito menos de quaisquer breves sensações de uma pseudo-paz.
Portanto,
À Deus.
Em nome da paz, em nome da força, em nome da estabilidade sagrada. Amém!
Em nome da paz, em nome da força, em nome da estabilidade sagrada. Amém!
(Tassi)
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