Sabe dias.
Alguns dias,
Onde a música é teu único alento,
Onde a solidão é teu maior tormento
Onde qualquer pequeno abraço e beijo seria bem-vindo
E se tornaria o maior e melhor de todos.
Sabe dias.
Poucos que se fazem longos dias,
Onde tu pareces vazio.
Oco, seco por dentro.
Que não sente, não há fome ou sede, calor ou vento!
Ate parece aparecer, mas desaparece.
Sabe dias.
Em que pensa que destruiu o mundo
Que acabou com tudo.
Como o coração de tantos,
Com o amor de um, e de outro.
Ate o conjunto.
Sabe dias.
Num momento da vida ( e a gente pensa na vida, pensa em tudo)
Percebe que não sabe de nada.
Mas que precisa saber.
E busca, corre, pula, chora. Chora tanto.
Destruído.
Sabe dias
Aqueles... Que a memória torna-se,
E sem pensar, parar ou penar,
Tua maior e pior sensação.
Mais triste que teu lamento.
Que nem palavra há.
E nem mais tenta procurar.
E quando vou fechando os olhos pra esquecer
Me pergunto onde estou, quem sou eu, quem é você?
E o dia parece amanhecer,
Quando as estrelas se vão, o escuro pareceu sumir.
O vento insaciável acaricia teu rosto lacrimejado.
Surge como um raio.
Me coloca diante de mim mesmo. Do meu maior inimigo,
Do meu mais perverso e temido ser.
Que não quero ser.
Aquele que não obedece
Que não calcula, é inconseqüente, desmedido. Decepcionante (e nado)
Sabe dias
Dias, sem dia. Sem clarão, sem sol, sem sabor.
De boca seca, de coração vazio, de pernas tremidas,
Sem fome, sem sede, sem vontade.
Parece até um depressivo rumo ao suicídio.
Mas não! É um homem amante, que ama e descobriu o quanto pode ser cruel.
As desculpas não valem mais,
Os beijos podem ate dizer o que a boca poderia ser cúmplice.
E a boca até falar o que o abraço sente ou sentiria.
Mas a verdade é que não há palavras,
Versos, vozes, canções, pedidos, suplicas,
Soluções!
Há apenas a espera. A terrível espera.
(Luam Matheus)
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