Sou crítica da minha imagem, fazendo figa para maus olhares. Quero muito, pois o pouco já não satisfaz. Embora, contento-me com pouco mesmo fazendo muito. Há uma contradição que em mim faz morada. Eu sou isso: Um equívoco de mim. Sou a minha própria solidão e minha melhor companheira. Não sinto saudade nem tampouco arrependimento. Erro com meu ego nobre e apedrejo com meu faro fácil. Acerto com meus olhos curiosos e respondo com meu som mudo.
Sou de tudo e de poucos. Sei de muito, mas guardo em segredo essa fantasia. Somos feitos de metades, por partes. Entre elas há um espaço para um tempo. Então, faço-me de duas. A metade de mim que ri em profunda demasia, que chora em instantes de agonia retrocedendo o pensamento. Que esconde a intenção embaixo da sobrancelha, que une as mãos em prol da oração. Sou uma metade fria e outra quente. Uma fria, que colabora e transfere sentimentos. Sou uma metade quente que ama sem ação e que deseja sem perdão. Sou eu, sua minha melhor fantasia!
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