sexta-feira, 20 de maio de 2011

Demasiadamente



















É demasiado o peso que sobre as costas curvas carrego
Com a ânsia de não ser a me matar
E sofrego, o ar busco... em vão
O passado me sufoca com suas paredes escuras
E suas folhas secas e lugares estranhos

Com longos passos volto ao lugar de antigamente
E sinto que o ar me falta, e a ânsia...
Ah, isso é demasiado para mim
Ao presente retorno com as costas mais curvas
E com medo de piscar até o futuro

Agora não sou mais eu, sou passado
Seco, estranho... demasiado
E como antigamente tenho medo de piscar
Pisco e tudo se esvai, demasiadamente.

(Nando Rodrigues)

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