quinta-feira, 17 de novembro de 2011



Ai, Minha Santa
Que é tanta conta
Tanta raiva, tão pouco pranto
Tanta gente, odor e suor
Tanta coisa, tanto esporro,
Que eu peço é socorro!

Mermã, mas nem te conto...
E nem te conto mesmo,
Já que nem te conheço,
Até que uma de nós chegue ao rumo:
Aí sim, conto-lhe minha vida toda.

Minha vida não anda, corre pedindo arrego
E dando a mão pro motorista parar
E essa chuva que não se decide?
Só serve pra mormaçar.
Daqui a pouco só passa o Jangadeiro
Nessa passagem de desmantelo
Gasto todo o meu dinheiro...
É bolso e é peito apertado
No meio desse ônibus lotado.
-Puxa bem aí a corda pra mim? Brigada.
Tchau!

(Laelia Carvalhedo)

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