Todos os dias, perco rima, perco conto
E até para defuntos, perco ponto.
E eles morrem-se de rir de mim!
Mas olhe,
competir com gente morta é difícil.
Primeiro porque basta-te morrer para ser perfeito;
Enquanto enfiam-te sete palmos de terra nas fuças,
Esquecem-te os defeitos.
'Ah, este belo presunto, tão boa gente!'
-Ao menos, né?
Ponto para os finados.
Eu, ser vivo, sou só ser
Mas um morto é entidade...
Ponto para eles, de novo.
Vou pegar meus pontos
e vender pra quem queira!
-Só não me vendo, nem morta.
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