quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Reflexões no mercado do cajueiro
pela madrugada instintiva e ameaçadora
corpos celestes se enquadram nas virilhas
há mercadorias de socorros etílicos
há mercadorias de bandidos sagrados
na última noite que lá me recolhi
presenciei a cachorrada fudendo o piche
o telhado era feito de areia movediça
músicas de ócio eram conquistas de ódio
minha mãe recusou meu ventre pelado peludo estive pesado na cordilheira
tomando café com leite e banana no mercado
as visitas não foram vistosas
o cabaço da necessidade de consumir
a noite que aproxima a legião fracassada
me fez pensar no colírio divertido
de cuspir num passado indigestivo
(Bruno Baker)
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