“Nem sempre a palavra
felicidade se resume em ser feliz, tem muitas teorias a serem
traçadas e tantas pegadas a serem trancafiadas, por em pratica um
vasto caminho não traduz que preciso sorrir pra ter alegria em mim
como um amigo incomum ''
Essa era a mensagem que
martelava em forma de eco dentro da minha cabeça ,não sei de onde
as ouvira tão convictas como o som ao fundo salientando a lucidez do
meu consciente
… Acordara as seis da
manha com o despertador aos berros
fiz de tudo para que
levantasse o mais alegre possível
porque vira o sol mais
iluminado do que nunca atravessando a fresta da janela do meu quarto
buscando refrescar os
meus seios penetrando em todos os órgãos pulsantes do meu corpo.
Precisava sorrir, lavar
o meu rosto e criar uma sombra sóbria para todos que iriam me cercar
em mais um dia melancólico .
Comecei a contar meus
passos lembrando da minha doce infância, fui ao banheiro, do
banheiro retornara para o meu quarto, arrumei meu cabelo e depois
baguncei,senti um sorriso desbocado fugindo dos meus lábios, então
sentei na beira da cama toda desajeitada esperando a minha mãe
entrar pela aquela porta marrom ,brilhante brigando como sempre ela
fez. As palavras me sucumbiam como uma profecia feliz que rondava,
rondava e rodava na minha mente.
... - Como sempre tudo
bagunçado,ate mesmo você , não se ajeita, não ajeita nada, não
vai tomar um rumo certo nunca nessa vida .
Me lembrei do som da
voz dela, do olhar irônico que me acertava, do perfume que inebriava
todos os sentidos e o toque suave ao apontar o dedo na minha face .
Aquela imagem entorpecia de saúde aquele lugar.
Fiquei parada tentando
agarrar a imagem dela pra que a mesma não sumisse como a primeira
vez que me abandonara por total com a morte ,aquele rosto pálido
encharcado de ternura , subitamente me veio aquela senhora que eu
encontrara na rua, me lembrava algo .
Era ela. … Minha
mãesinha ...
Conseguira desvendar o
primeiro segredo da minha caminhada, não por completo ,pois ainda
não identifiquei o motivo dela ser tão triste e esta tão velha
Me surgiram mais
perguntas , atormentada nelas não parava de pensar .
Porque andam magoando
-a ?
Porque ela chora
agressivamente como bebê ?
Porque a razão de me
abandonar tão pequenina?
Porque,porque ?
… Três dias depois
me vira em cima de uma cama, ao perguntar o que teria acontecido me
informaram que tinha tido uma sincope seguida por convulsões ,ficara
tão rocha que neste momento percebo as manchas no meu corpo.
Não me lembrava de
quase nada ,somente daquelas imagens as mais preciosas da minha vida
E por não saber me
comportar acabei perdendo-as mais uma vez .
Não sei porque não
sumo no próximo breve que me comrromper ?
tantas indagações e
mais um calvário a suportar .
Ao menos sinto que
estou no rumo de descobrir tudo de uma vez .
E já sei que preciso
dormir para encontrar as respostas dentro do meu sono .
… - Querida precisa descansar , as doses dos remédios são fortes
e o seu corpo não ira suportar, é necessário que padeça na cama
para que seu sono seja mais suave possível .
Eu queria dizer pra ele que não seria necessário os tais remédios já iria dormir mesmo,pois dormindo consigo respirar a atmosfera legalizada da minha realidade e ser feliz com as pessoas tristes que la estão, ao menos estaria com eles a minha volta . Não se deve narrar tanta felicidade,eles estão todos mortos . Nem se eu por algum motivo me fizer como tal . Mas se conseguisse narrava mesmo assim .
Ao menos as sincopes não me fez falsa pelo resto do dia e muito menos me obrigou a fazer o necessário pra fazer a tal sombra sóbria para aqueles que iriam por alguma circunstância da vida me cercar, nem que fosse por alguns minutos .
Por Myrla Sales – Minhas caminhadas
14/07/2012
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