quarta-feira, 4 de julho de 2012

Soneto do meio


O inexistente conflito no peito
pano de fundo, catarse nociva
vivenciado sonho, fora desfeito
cravo profundo, sem lágrima viva

A ponte que dista o ser do fatal
é longe o bastante do lago do ser
sulco da terra, sangria descomunal
tão perto nascido desaparecer

O termo equilíbrio, solto no vento
essência e corpo, perante o momento
de definições outrora perdida

Ápice carinho, morto em relento
aclama doçura, queimando o tempo
do amor instaurado em tez sofrida

André Café

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