Não seja nem mínima

Seja mínima
ou ditando o certo em revelia ao equívoco
nada em espírito condenável
busque o estável, em maioria
cure a revelia
parta de bons ideais, jamais se curve
urge pelos tempos e gritos
desfazendo-se de mitos
nas ondas de rádio e de tédio
cure o tédio,
seja o remédio
parta de brilhantes mentes,
de coletivas vontades
prum futuro alívio
seja mínima, microscópica, azimutal
...
em tempo algum da história contada e esquecida
em espaço algum, lugar ou não lugar
dela não nasce amor, nem força, nem circularidade
amizade ou coisa afim
dela somente o fim
da voz, do olhar e do sentir
mesmo a mínima que for,
na culta ideia de preservar bons sons e gostos
tudo se tornará roto
se se permitir
o mínimo de censura existir

as semânticas se redobrarão em bases e dados
mas o mundo quadrado, é vencedor
por estas reinações

André Café