terça-feira, 5 de março de 2013
Torpor eterno*
É como se meu desespero mais incauto
desaparecesse na próxima parada de ônibus
Porque o corpo busca rotas alternativas
enquanto canções que nada declaram
(ou tudo desvendam) sussurram de subproduto no enredo
Seja Sol cheio, seja cedo
a viagem num fútil
acalantam, não leva pra longe o que de além-mar se agoniza
encrustado em cada passo de milhagem
A certeza do fico
a leveza da mordaça
a beleza do mito
André Café
* Num pedaço de viagem de ônibus para o trampo. Lembrei do Hypnos de CDZ
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