terça-feira, 19 de julho de 2011
Carta de André Café para Luís Paulo Cocha
Nego, amigo velho das quebradas, noites de muito bom som, de sorrisos e alegrias,
com muito planos bolados e colocados em prática. Amigo velho, meu comparsa de muitos corres, minhas palavras espero eu, tenham um pouquinho de refúgio pra você.
É bem mesmo nessa hora que o dizer pouco importa, porque não encontramos elementos pra se falar nada, porque não há nada que se diga que seja o suficiente.
É uma luta que infelizmente não vencemos, essa do fim desta vida. É o momento que mais afugentamos e ele sempre à espreita para nos agarrar de sobressalto.
Amigo velho, desça toda lágrima que está por cair, e saiba que essa dor também se transferiu pra gente, é nossa. Nem um pouco comparada com o que você está passando, mas ela passou a ser nossa, queremos nem que por um segundo retirar de ti, esse peso desgastante e impossível de evitar.
Se quiser correr, corra para os nossos braços, grite com a gente, esbraveje essa angústia, viva, por mais sofrível que seja, essa dor. Mas a cada momento amigo velho, reflita as suas palavras e viva sobre o que seu pai avó viveu: um ser humano que nunca atrasou ninguém. E saiba mais do que nunca, que aquelas mãos que te ajudaram a dar os primeiros passos, continuam a guiar-te pela caminhada e barra da vida. Amigo velho, estamos aqui, conta com a gente. Olha sempre pra frente, não baixa a sua vista e não se abra pra negatividade. Socialize com o mundo da mais simples à mais complexa história do seu pai avó. Tenho certeza de que o mundo precisa seguir passos tão bem dados. Sobre seus ombros reside as lições de como continuar esses passos. E se for difícil, sempre ao lado, um ou muitos de nós se fará presente.
(André Café)
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