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Amor e Ódio comiam na mesma mesa. Ódio, como sempre, discreto em seu mantro, bebia suas degraças, comia o desespero e limpava a boca com horror. O Amor, como de costume, atirado e de forma ignorante, sujava-se por completo e cuspia os restos pra debaixo da mesa, onde cai direto na mão da Dona Dor. Dona Dor nem examinava, engolia sem mastigar. Depois de toda a fartura, Senhor Ódio da um grande arroto de Satisfação e pergunta a Donar Dor:
- O que a senhora ainda espera?
- Um pouco mais de comida para manter-me.
(MarcoFoyce, 31/05/2004)
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