Sob a sombra do teu andar
fica o ensejo do meu desejo
que te mira toda noite
os olhos feito açoite
nua pele que almejo
e de longe a admirar
não consigo me mover
entregar-me de uma vez
ao sabor de tua tez
num segundo estremecer
sofro aqui então distante
da varanda em que deleito
vejo tu, me sobressalto
mas o medo encerra o ato
pula presa a dor no peito
(André Café)
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