terça-feira, 12 de julho de 2011

No andar de cima




Sob a sombra do teu andar
fica o ensejo do meu desejo
que te mira toda noite
os olhos feito açoite
nua pele que almejo


e de longe a admirar
não consigo me mover
entregar-me de uma vez
ao sabor de tua tez
num segundo estremecer


sofro aqui então distante
da varanda em que deleito
vejo tu, me sobressalto
mas o medo encerra o ato
pula presa a dor no peito


(André Café) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário