segunda-feira, 18 de julho de 2011

Plano perfeito

Preciso de uma gaveta na cabeça para depositar os restos do passado que furam a visão. Memória é pra quem não lembra que os dias passam.  Para o coração desastrado, de nada servem as feitiçarias ou esquizofrenias que por sorte não se  transformou em redenção. Agora, a brincadeira de quem fere mais é outra! É a minha brincadeira...
Não queira destruir meu tempo com esse  discurso mecânico e longo. Um recorte retirado dos livros de auto-ajuda que não mudam minha opinião sobre os santos, os lixos socias e nem tampouco sobre a caridade humana que não saber ser ausente de si.  Seus discursos bêbados não me trazem astral e não influenciam minha imagem do espelho. Rasgue seus livros e sua alma. Coloque tudo no fogo! Mecha até virar pó.
Sonho com tua destruição até quando estou sorrindo. Isso que sinto não é uma gentileza, é uma violência contra o teu ego. Fuja! Arme a inocência da tua mentira para não sentir tantas dores quando eu saquear tua voz com tuas palavras secas e sem nexo. Cala-te! É um absurdo a vivência que busca. Meus dias  só alargam o objetivo de ver-te sofrer até quando arde em suor. Parece que  sinto que você sabe que  eu acelero o passo para cuspir piedade no teu rosto.  É o mais nobre sentimento que eu alimento.
Vingarei cada desgosto e ação falha que recebi em noites perdidas. Agora, cubro meu olhar com um lenço preto, disfarçando meu foco sedento e arrogante. Meu alvo és de certo, incerto. Incerto de alma, de vontades e de perfeição. Prefiro guardar teu sangue em meu pescoço como um troféu; A tua cinza em um Orfeu, mas essa caridade eu darei aos bichos. A tua vida eu quero para mim, mesmo que no fim.
Não quero morrer de prazer ao ver o teu fim. Quero a oportunidade feita em perfeição. Entrego-te em pesadelos, em desejos escondidos. Todos feitos e perfeitos para que você, alma insana, perceba que eu olhava sempre para trás quando de olhos fechados você me abraçava! No fim, Dar-te-ei uma voz e uma vez antes de te despedaçar em agonia. : “Peça-me perdão”
(Rosseane Ribeiro)

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