Proveniente de algum lugar distante do brasil
Derivações de tua inocente queixa juvenil
Culmina me localizar num instante, arfante
A comunicar seus sonhos, momento marcante
A desejar ganhar o mundo nessa hora
Sair de casa, largar mãe, mais que sem demora
A vida é uma barra, suportar mil barras
Modelo assujeitada, passarelas de amarras
Visa libertar-se de uma fala maniqueísta
Garota menina em manifestações se afina
Com seus escritos encanta, fascina, alucina
Transforma a ti e a mim no mesmo ato
De inteligência sutil e sempre inesperada
Na parada não, ficas sempre em movimento
Concepção de mundo, real, grande tormento
Crítica, analítica, perguntas “que vida é essa”?
Da maçã rubra fixada, envoltório do rosto
Luz que irradia forte como sol de agosto
Traço sereno, infantil, doce em metamorfose
Como a gentil borboleta pousada no livro
Me relatas que pareço ser tão envolvente
Desígnios e sutilezas das usadas palavras
Uma contenção, a cercear certos avanços
Mantida em tela, intuitivamente alinhavas
Alderon Marques
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