Só um dose de uísque não vai me bastar agora.
Se veneno eu tomasse seria como água.
A comida que me chega enche meu corpo, mas não alimenta meu espírito.
Parece que o ar não enche mais meus pulmões de vida só cinzas e medo.
Meus músculos se enrijecem com o menor contato, e meus ouvidos se fecham para a hipocrisia.
De que adianta amigos que mudam de calçada na sua presença?
De que adianta tanta informação se nossos olhos estão encobertos pela falácia do sistema?
De que serve construir um muro a sua volta que impeça de receber os tapas da vida, mas não te permita sentir as gotas de orvalho e a brisa em seus cabelos?
Nossa armadura, o corpo, está sã, mas a mente está fraca.
Não coma por comer,
não respire por respirar,
não caminhe por uma linha reta;
veja onde os caminhos do lado podem te levar...
Agora...
...Acorde.
Dalila Cristina
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