Saem dos esgotos
lixam-se pés descalços no asfalto
são forças malígnas fazendo assalto?
e essa praga a procriar?
é maldição a se espalhar
usando de tudo da fertilidade
da terra farta em insanidade
Beldade, verdade, maldade
pequenas criaturas sem fé
de mesa em mesa mordendo seu pé
- e ai tio, como é?
é pra eu me alimentar
pra cara secura disfarçar
a terra seca quer me sugar
Zumbizando pela contramão
britadeiras mortas da escuridão
quero cigarro, come traça
nas beira de esquina
- cadê a cachaça?
só não tem brinquedo por aqui
não sou adulto, cresci zumbi
Sou seu futuro desordenado
por seu orgulho petrificado
'de uma vida tão desgraçada
não tendo teto, não tendo nada'
POU POU POU! assim se escreve o fim
(MarcoFoyce)
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