Shailan |
As cortinas se abrem.
Eis o diálogo, eis o improviso;
Qual o tamanho do talento da Vida?
Eis o choro, eis o sorriso,
Eis a música...
O tango de um ônibus em movimento,
O ballet da vendedora de beijú,
A salsa no tempero da Dona
A valsa nas pernas das cortesãs
A batida do coração do moleque...
Eis que as cortinas se fecham.
As luzes se apagam, os murmúrios cessam
E a artista se vai, bela, etérea
Deixando em seus passos pedaços de sonhos distantes...
Eis que a vida, bela atriz
Troca as vestes e se mistura com a multidão.
(Laelia Carvalhedo)
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