sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A ótica dele


Eu penso em coletivo
pois isso me faz vivo
me expresso: se permita
tanta verdade ela nem acredita

Pois sinceridade e afeto estão vedados
o teatro abre as cortinas
a sina é superficialidade
a minha idade sugere cansaço
nascido do descaso

Por que se fecham ao real?
por que se entregam ao trivial?
é um fato, que me dana, me acaba
sugere jogar tudo pro ar

Mas o 'pesar de filosofia de vida'
Não é assim comparsa
é sangue, é luta, labuta diária
contradição, você quer seguir nela
eu não. "ele quer se dar bem pra cima de mim"

quando o socializar do bem se desentende
o que se prende é o vazio
dos corações de ar
olhar com todas lamúrias
chorar pela desilusão
e então
seguir, pois aqui, se segue sim
nos rasgos dos espinhos
ao sabor do vinho
e da permissão

(André Café)

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