segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Caixa de fósforo da SPPV - Laelia Carvalhedo


O meu espaço é dado numa caixinha de fósforo – pequenininha e uniforme. Ali eu me recolho. Eu me espremo. Viro e reviro vivendo plena. Brotando meus jardins. Dobrando minhas esquinas. Luzindo as sombras tantos. É numa caixinha de fósforo que cultivo a vida. Enxergo a unidade da Alma. Valorizo o ser humano antes da carne. Vendo a vida de dentro duma caixinha de fósforo vou (re)conhecendo os raros. Vou trazendo à tona a beleza do palitinho queimado. Porque não necessito de espaço – quando cedo e absorvo humanidade.

(Nayara Fernandes)

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