quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Uma caneta, um papel, um destinatário.
Uma pouca luz para iluminar. Deixar ver. Ver no papel o que sai de dentro, onde não se ver. Sentir sair o que pode ser muito, pouco ou nada. Apenas deixar sair. O muito se derrama no papel, dissipa-se em cada linha. O pouco se concentra em pontos. Pontos finais. Quando nada sai o que fica dentro é pesado demais. Condensa o sentir por dentro sem poder ver sair. O silêncio da escrita é ensurdecedor. Talvez seja o artigo indefinido demais. Inquieta o corpo e perturba a mente. Sinto por dentro chegar a hora de ver a caneta, o papel, o destinatário... e a luz. Para iluminar.
Alex Veras
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